Em um furo jornalístico de verdade, a Rádio Catarinense, começou a esclarecer o que há meses vinha se perpetuando como um dos maiores boatos recentes de Joaçaba e região. Para alivio dos associados e preocupação de alguns responsáveis, ficou claro que a Coperio e Copérdia poderão se fundir e criar assim uma das maiores cooperativas de Santa Catarina, porém algumas perguntas ainda carecem de respostas.
Segundo a reportagem exclusiva do jornalismo da Rádio Catarinense, um legitimo furo jornalístico, com a abertura total das informações, as duas cooperativas estariam em fase inicial de estudos para fusão. Segundo a entrevista concedida pelo presidente da Copérdia, Valdemar Bordignon, as conversações são reais e estão em fase inicial. Nas palavras dele, a fusão é um sinal de equilíbrio no sistema cooperativo de Santa Catarina. “Trata-se de um ponta pé inicial, estamos em fase de estudo, e há possibilidade. Existe sim interesse por parte da Coperdia. As duas ganham em escala e produção.”declarou em entrevista ao jornalista Marcelo Santos.
Com a fusão as cifras são milionárias. Juntas as duas cooperativas representam uma faturamento de aproximadamente 600 milhões de reais. Seria o passo inicial para o surgimento da segunda maior cooperativa de Santa Catarina. Uma reunião acontece nessa terça feira, mas já está descartada que a fusão seja confirmada. “Ainda existe muitas questões a serem esclarecidas e acertadas. Depois disso é necessário uma assembléia geral, que irá sim definir a fusão”declarou o Presidente da Coperio, Décio Sonaglio, também com exclusividade para a Rádio Catarinense. Segundo os dois presidentes o momento é de conhecer a real situação das Coperativas e trabalhar tecnicamente a fusão.
As Palavras do Presidente da Cooperio
O presidente da Coperio Décio Sonaglio, falou ao vivo para o programa Rádio Contato e esclareceu muitas informações e boatos. Em sua palavras Sonaglio, revelou que existe uma busca de enxugamento das estruturas, sistemas cooperativo do Estado. “Existe uma preocupação generalizada a curto e médio prazo, sobre a questão da sucessão das pequenas propriedades rurais. Em uma pesquisa a realizada pela Epagri 30% da propriedade não tem sucessor.” Revelou. Por esse motivo é preciso uma reestruturação do sistema cooperativo, tanto na Ocesc quando na Aurora acompanham de perto esse processo, até para sobrevivência do sistema de cooperativas em Santa Catarina, a médio e curto prazo. “É preciso adequar as estruturas e principalmente precaver problemas.” Disse o presidente.
Sonaglio ainda disse que a tratativa está em m estudo inicial, a nível dos dois conselhos. “Existe semelhanças, perfil associados, faturamento, estruturas, que podem viabilizar a fusão” declarou. O presidente fez questão de esclarecer que trata-se de uma fusão e não incorporação.As duas empresas se unem, como uma nova configuração, afim maximizar desempenho, rentabilidade, e segurança. “É uma tratativa normal no mercado”diz. Oficialização do negócio, ainda demorará. Existem muitas questões a serem definidas que irão definir modelo e como ficaria essa nova cooperativa? “Os associados serão os primeiros a serem informados, sobre as políticas adotadas, sistema de gestão, tudo bem claro e explicito, para cada um entender o que realmente estará acontecendo” esclareceu.
As boas noticias!
Se confirmado a fusão, o Meio Oeste ganha a segunda maior cooperativa do Estado e a segunda maior cooperativa da Aurora, com a racionalização de despesas das duas estruturas e principalmente com grande competivididade. “Somos produtores de commodities é preciso ; ganhar em escala, enxugar despesas. É esse modelo que queremos construir com ganhos e diretos aos produtores que formam a cooperativa”revelou.
Os boatos!
Durante a entrevista, os comunicadores, indagaram o Presidente da Coperio, sobre uma série de boatos a respeito da Coperativa, principalmente no que diz respeito a questão financeira. Décio foi calmo e claro. “O que podemos dizer, por uma questão de fidelidade com os associados, muitos que estavam na Assembléia Geral, dia 30, é que se pintou um tigre que se pintou, muito mais pintados do que ele realmente é. A Coperio está finalizando a travessia de uma dificuldade financeira de dois anos de perdas, principalmente por questões de mercado.” Revelou.
Sonaglio ainda disse que a cooperativa passou por um processo de mudanças no ano passado, já visando superar o déficit. “A Coperio está tranqüila, já atravessamos uma situação de dificuldade que está no fim. Agora é o momento de encontrar a melhor alternativa para seguraça aos nossos associdados” disse. Nas palavras do presidente a divida está sobre controle e não há motivos para preocupações. ”Foram contratados executivos em gestão financeira e digo a todos que me ouvem, que não há motivo para preocupações, o que está se discutindo é o futuro, assim como nas outras cooperativas estarão passando.”.
Detalhes da fusão
Os entrevistado não deram detalhes sobre o processo de fusão. O que ficou claro é que existe intervenção da Aurora no processo. Que a união acontece devido ao perfil mais aproximado das duas cooperativas. Sobre a nomenclatura do que seria a nova empresa, ainda está sendo discutido, o certo é que será necessário um terceiro nome. Não existe uma previsão de quando a união será concretizada.
Consultores especializados já trabalham no processo. A Ocesc (Organização das Cooperativas de Santa Catarina) demonstrou vontade de realizar o processo o mais rápido possível. Apesar dos presidentes anunciarem que encontra-se em fase inicial a fusão, pelo menos três reuniões já foram realizadas, sendo sempre em locais diferentes e duas dessas em Chapecó na sede a Aurora, que também acompanha de perto todo o andamento dos trabalhos.
As perguntas ainda não respondidas!
A noticia deve ser encarada de forma muito positiva, porque pode colocar de vez um ponto final da boataria generalizada que se gerou em torno da situação financeira da Coperio. Mas é preciso perguntar:
Como ficará as dividas das duas Cooperativas?
Qual é a verdade origem do rombo, principalmente na Coperio?
E os patrimônios e arrecadação de impostos?
Diretorias? Onde arrecadar?
Funcionários serão demitidos?
Ainda há muitas respostas a serem dadas, principalmente por parte da Coperio, principal motivo da central de boataria. Assim, como o elogiado pelo presidente Sonaglio, que fez questão de reconhecer o furo de reportagem da Rádio Catarinense, é preciso esclarecer questões pontuais, para tranqüilidade do mercado e principalmente preservar o maior patrimônio da Cooperativa do Rio do Peixe que é a sua credibilidade construída ao longo de muito suor e trabalho do homem do campo!